Construtoras de imóveis de alto padrão investem nos compactos

O programa "Minha Casa, Minha Vida", do governo federal, provocou uma disparada na comercialização de empreendimentos voltados para atender às classes C e D. As vantagens no financiamento, o longo prazo para quitar o imóvel e até mesmo o subsídio do governo, favoreceram a grande oferta de empreendimentos desse tipo.

Agora, construtoras que até então investiam somente em imóveis de luxo, também estão voltando a sua atenção para os econômicos. A Lorenge é um exemplo. A estreia nesse nicho do mercado local foi marcada pelo lançamento do Villaggio Laranjeiras Condomínio Clube, em Valparaíso, na 
Serra, em novembro de 2009.

"A demanda por apartamentos econômicos, motivada pela facilidade de acesso ao crédito e condições especiais de pagamento, foi o principal impulsionador para a diversificação no foco de atuação da Lorenge. Depois do Villaggio Laranjeiras, veio o Villaggio Limoeiro e agora, temos também o Villaggio Itaparica, em Vila Velha", explica Evans Edelstein, diretor imobiliário da Lorenge.

Outra construtora que está apostando no segmento econômico, é a Espaço Arquitetura e Construção. O condomínio Riviera Residencial, em Jardim Limoeiro, na Serra, com dois quartos, já está com 80% das unidades vendidas. "É um segmento em expansão e há uma carência habitacional muito forte. As condições de financiamento da Caixa facilitaram bastante para as construtoras poderem investir cada vez mais", conta José Eduardo Kossatz de Berredo, diretor da Espaço.

Para o diretor do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES), José Pedro Zamborlini, o segmento econômico foi o que mais cresceu nos últimos três anos. "O mercado está se adaptando a essa nova realidade e o econômico será carro-chefe ainda por um bom tempo", diz.

Ainda de acordo com Zamborlini, na Grande Vitória, além da Serra, outros municípios começam a se destacar. "Vila Velha, por exemplo, já está recebendo esses empreendimentos e Cariacica também", lembra.

A Metron, por sua vez, firmou parceria com o Inocoopes e já construiu 5.000 unidades habitacionais. Segundo Luiz Carlos Menezes, diretor-presidente da Metron Engenharia, o produto é praticamente o mesmo do programa federal e, ficou fácil se ajustar a essas característica. "Além disso, os nossos empreendimentos nesse perfil foram campeões em vendas e, a partir deste indício, fomos estimulados a construir outros", diz.

Serra: a partir de R$ 78 mil

A Construtora Épura entrou no segmento compacto, em conjunto com o Inocoopes. Nesse acordo, onde cada empresa detém 50% do empreendimento, a Épura assumiu a construção do Riviera Azul, localizado em Jacaraípe, na Serra, e a Inocoopes, por sua vez, é responsável por vender e gerir as unidades que variam a partir de R$ 78 mil. "É uma porta de entrada segura para o mercado de econômicos. Assim, podemos expandir nossa atuação no setor imobiliário oferecendo um produto de qualidade para o novo cliente", explicou Felippi Lima, gerente comercial da Construtora 
Épura.

Fonte: Lugar Certo